Resumo: A busca de novos mapas que possam ler a canção popular de acepção urbana apresenta-se como uma tarefa fundamental no campo dos estudos culturais. Esta proposta de reflexão parte do problemático e visível lugar que a música ocupa na cena sociocultural brasileira, apresentando-se como uma das mais instigantes e reveladoras encenações das diversidades e dos conflitos culturais, sociais, econômicas e políticas no Brasil. Este texto propõe a discussão de três pontos básicos: a problematização do lugar da música popular brasileira no espaço das escritas de si e das narrativas de testemunho; o estabelecimento das relações entre música e mitologias urbanas, em particular, no interior da “guerra de relatos” da cidade polifônica; e a discussão das potências eróticas e destruidoras que se ocupam da performatização da violência no imaginário da produção musical contemporânea.
Júlio Diniz é Doutor em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, com Pós-Doutorado em Literatura Comparada pela Universidad de Salamanca, Espanha. É professor associado na Área de Estudos de Literatura e exerce atualmente a função de Decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH). Publicou inúmeros artigos, ensaios e livros no Brasil e no exterior. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro (2004-2006) e é pesquisador do CNPq.
Este seminário permanente visa apresentar e debater questões que – tanto no plano da reflexão teórica como no da contextualização e análise - nos permitam aprofundar o conhecimento dos mundos ibéricos e ibero-americanos, nas suas mais variadas manifestações.
Organização
CHAM / NOVA FCSHNEIIA / FCSH/NOVA
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Seminário Permanente de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos(Web)