Entre finais do século XX e inícios do século XXI, tiveram lugar em Portugal diversas iniciativas de comemoração dos “descobrimentos portugueses”, assinalando-se, nomeadamente, o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo de Portugal para a Índia (1498) e a chegada ao Brasil de uma frota liderada por Pedro Álvares de Cabral (1500). As iniciativas foram em boa parte patrocinadas pelo Estado português, que criou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002) e se empenhou na organização de grandes eventos internacionais como a Expo’98. Organizado pela revista Práticas da História – a Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, este seminário procura criar um espaço de reflexão em torno desse ciclo comemorativo, para o efeito convocando o testemunho de um dos seus protagonistas, o historiador e comissário da CNCDP (1995-1998) António Hespanha. Ao mesmo tempo, o seminário pretende abrir uma janela de onde é possível igualmente analisar, a partir de quatro estudos de caso, outros tantos contextos de tematização dos “descobrimentos”, da historiografia marítima portuguesa de final do século XIX às políticas museológicas da Lisboa de hoje, passando pelas relações luso-britânicas ao tempo das comemorações henriquinas ou a programação televisiva no Portugal dos anos de 1980.
10h45 | Abertura do seminário, por Elisa Lopes da Silva e José Ferreira (Práticas da História, ICS-UL)
11h00 | Jaime Rodrigues, Vicente de Almeida d’Eça e a historiografia marítima em 1898. Comentário de Amélia Polónia.
12h00 | Stefan Halikowski-Smith e Benjamin Jennings, Prince Henry the Navigator and Portuguese maritime enterprise at the British Museum: an exhibition to celebrate the quincentenary of the Infante’s death. Comentário de Pedro Aires de Oliveira.
13h00 | pausa para almoço
14h30 | Marcos Cardão, “A Grande Aventura”. Televisão, nacionalismo e as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Comentário de Tiago Baptista.
15h30 | José Neves, Capitalizar a globalização: uma exposição recente em torno da Lisboa Renascentista. Comentário de Nuno Senos.
16h30 | pausa para café
17h00 | António Hespanha, Comemorar como política pública. A Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, ciclo 1997-2000. Comentário de Robert Rowland.
Organização: Revista «Práticas da História: Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past»; CHAM – Centro de Humanidades; Instituto de História Contemporânea
Coordenação: Elisa Lopes da Silva, José Ferreira, José Neves e Pedro Martins
Organização
CHAM / NOVA FCSH
IHC / NOVA FCSH