Os Encontros de Boas Práticas Museológicas são uma iniciativa do CHAM Açores, unidade de investigação universitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) e à Universidade dos Açores (UAc) que têm procurado, desde 2017, em parceria com as câmaras municipais locais, proporcionar momentos de troca de experiências e de debate, sobre os desafios que são colocados a todos os actores e intervenientes nos processos e nas vivências dos museus.
A realização dos Encontros tem como propósito promover a participação de um conjunto diversificado e alargado de intervenientes, profissionais e estudiosos, na área do património cultural, na expectativa de fomentar a troca de experiências e de saberes, assim como a produção de conhecimento em torno desta mesma área.
As primeiras três edições aconteceram na ilha de S. Miguel, sendo que o I Encontro realizou-se no Museu Vivo do Franciscanismo, na cidade da Ribeira Grande, e nele se discutiram questões em torno das boas práticas de inventário. O II Encontro, realizado no Museu Municipal de Lagoa, procurou centrar-se no papel dos serviços educativos e de mediação, bem como da sua articulação com as restantes áreas/funções dos museus. O III Encontro, que decorreu no Centro Municipal de Atividades Culturais, na Vila do Nordeste, teve como temática as problemáticas e os desafios do turismo e dos turistas enquanto público-alvo dos museus. O IV Encontro, que ser realizou na Ilha Terceira, estendeu a reflexão aos arquipélagos da Madeira e das Canárias e centrou-se na pertinência da interconexão entre museus insulares.
A V edição irá decorrer no Funchal, Madeira, de 26 a 28 de Outubro de 2023, tendo sempre em conta, a ligação entre os Museus insulares, reforçando, à semelhança dos encontros anteriores, o conhecimento das identidades insulares e atlânticas, a troca de experiências, a partilha de boas práticas museológicas e o estabelecimento de redes e parcerias interarquipelágicas.
Para este encontro propõe-se como principal objectivo uma reflexão sobre os Museus e os seus Públicos, de forma a potenciar a reflexão sobre o modo como os Museus os trabalham, como promovem o encontro das pessoas (dos visitantes, das comunidades) com a poesia das coisas que só pode ser experimentada nos ambientes expositivos, estreitando a relação entre museu, objecto e público, a razão da própria existência do museu (Koptche (2012) e Cury (2006). Assim e, dando continuidade ao encontro anterior em que se pensou sobre os desafios das possibilidades do trabalho cooperativo e em rede, pretende-se, explorar o modo como os museus insulares se podem tornar espaços engajados com a sua função social, consolidando a sua permanência como espaços de memória ao serviço das comunidades: “o museu precisa se tornar necessário aos seus diversos públicos para realizarem a sua missão mais nobre, que é a da preservação do património cultural que queremos como herança” (Bloise, 2011).
Inscrições aqui.
Organização
Direção Regional da Cultura da Madeira
Apoio
CHAM Açores
DRAC - Direção Regional dos Assuntos Culturais dos Açores
Gobierno de Canarias