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Exposição20.06.2015 a 30.11.2015
Alguma Mezinha lá dessa Terra do Cabo do Mundo. Laboratório do Cabo do Mundo
Patente ao público até 30 de Novembro no Padrão dos Descobrimentos

 

Plantas, doenças e curas. A partilha de experiências e saberes: Os descobrimentos portugueses e espanhóis do século XVI alargaram consideravelmente os limites do mundo conhecido e proporcionaram o encontro entre povos muito diferentes a nível físico e sobretudo cultural.

 

A medicina, principalmente enquanto prática terapêutica, constituiu-se como um domínio privilegiado de aproximação entre culturas e de partilha de experiências. Foi, naturalmente, uma arma na luta pela supremacia que descobridores e populações autóctones travaram entre si. Saúde e doença são fenómenos humanos totais, cuja significação envolve os diferentes domínios da vida cultural de cada comunidade, muito em especial a religião. Daí que, no quadro da expansão, o intercâmbio de mezinhas não tenha sido tarefa exclusiva de médicos, nela participando religiosos e simples aventureiros.

 

O relato de Fernão Mendes Pinto sobre a cura que fez ao rei de Bungo no Japão, “assaz enfermo e atribulado de gota”, não se podendo mexer ou levantar da cama há dois anos, é exemplar. O rei pede ao habilidoso viajante português “alguma mezinha lá dessa terra do cabo do mundo” e este indica-lhe a água de um pó chinês, que se terá revelado altamente eficaz.

A globalização promovida pelos descobrimentos é um fenómeno complexo, em que o intento de dominação convive com a aproximação genuína entre culturas, visando a construção de um mundo sem fronteiras, aberto a diferentes expressões da humanidade comum.

 

 

 

Comissão Científica

Adelino Cardoso (CHAM)
 

Organização

CHAM / NOVA FCSH - UAc
Padrão dos Descobrimentos / EGEAC

 

 

 

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