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Seminário Permanente27.01.2025
Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras
14h30-16h30 | Biblioteca Nacional de Portugal A inquietação do espírito segundo Leibniz, por Sofia Araújo

 

Ao procurar clarificar os modos do prazer e da dor, Leibniz encontra na perfeição o conceito-chave para a sua determinação. Segundo o autor, "o prazer é um sentimento de perfeição", assim como a dor é "um sentimento de imperfeição", desde que ambos constituam sentimentos suficientemente "notáveis" para que deles nos possamos aperceber.

 

Ora, tendo em conta que o sentimento é uma modalidade da expressão e dado que cada expressão particular é suscetível de um certo grau de perfeição, segue-se que deverá sempre existir um índice de prazer em cada expressão. Porém, será lícito concluir que existe uma imanência do prazer a cada expressão? Admitindo a existência de um sentimento permanente de prazer - mesmo que de intensidade variável - como explicar o sentimento de dor? Poderão o prazer e a dor coexistir num mesmo sentimento?

Partindo das conceções de prazer e de dor, este seminário propõe uma análise à noção leibniziana de inquietação e ao modo como esta parece possibilitar uma resposta às questões enunciadas. Anterior à própria aperceção, a inquietação não só denota a influência do prazer e da dor no que diz respeito ao estrato mais arcaico da atividade expressiva (a perceção natural), como também demarca a sua importância relativamente à finalidade da própria expressão (a saber, a expressão de Deus e do universo).

Compreender a especificidade do conceito de inquietação, identificando os seus pressupostos e as principais consequências que dele decorrem constitui assim o principal objetivo desta exposição.

 

Coordenação

Adelino Cardoso (CHAM)

Nuno Miguel Proença (CHAM)

 

Organização

CHAM / NOVA FCSH

 

Seminário Permanente “Ciência e Cultura – Quebrar Fronteiras”