
As revoltas e levantes contemporâneos merecem deixar de ser vistos — como é comum na teoria social contemporânea e no debate político mediado pela mídia — como tentativas de uma revolução impossível, revoltas criminosas ou terroristas, ou expressões populares pacíficas sabotadas por agitadores. A leitura de vários autores do século XIX até o presente — recentemente redescobertos no mundo anglo-saxão — bem como representações literárias, pictóricas e cinematográficas de multidões violentas, demonstra que a ligação entre raiva e violência nem sempre é a racionalidade instrumental. A violência que irrompe numa multidão é explicada por experiências emocionais coletivas, por isso é eruptiva e circunstancial, e seu resultado é tão explosivo quanto fugaz.
Iván Garzón Vallejo é professor associado da Universidade Autônoma do Chile. Doutor em Ciência Política pela Pontifícia Universidade Católica da Argentina e advogado pela Pontifícia Universidade Bolivariana (Colômbia), onde também estudou Filosofia. IP do projeto regular Fondecyt nº 1240658 financiado pela Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Chile-ANID (2024-2027), foi pesquisador visitante na Universidade de Georgetown, na Universidade Estadual do Missouri, na Universidade Complutense de Madrid (bolsa da Fundação Carolina) e no Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC).
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Pablo Sánchez León (CHAM)
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Rioting in the Early Modern Iberian worlds
CHAM / NOVA FCSH