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Seminário25.11.2025
Modos da Melancolia
15h30 | online "Exaltação, Tristeza e Remorso: Felipe IV e a consciência do soberano" com Jorge Rivera

 

"Exaltação, Tristeza e Remorso: Felipe IV e a consciência do soberano" por Jorge Rivera

 

O reinado de Felipe IV de Espanha, que durou de 1621 a 1665, marcou um período de florescimento literário e artístico, apoiado e promovido pelo rei, homem culto e mecenas de figuras maiores como Diego Velázquez, Lope de Vega, Calderón de la Barca, Quevedo e Góngora. Todavia, o “Siglo de Oro” ocorreu a par de sucessivas crises financeiras e políticas, de revoltas internas e de reveses militares, que anunciam a decadência da hegemonia mundial do Império espanhol. Cognominado de “El Rey Planeta”, mas também de “Opressor”, de “El Rey Pasmado” mas igualmente de “Triste”, Felipe IV exemplifica de modo exemplar a figura paradoxal do rei absoluto que pretende estabelecer um Estado moderno, de um ser que se sente divinamente eleito mas que se confronta com experiências e circunstâncias inteiramente humanas. Como viveu Felipe IV essa situação? Como se mostrava publica e privadamente a consciência dessa complexidade? A apresentação procura interpretar a sua figura singular a partir da extensa colecção de pintura que reuniu, com o apoio de Velazquez, pintor real e curador das colecções régias, e da correspondência privada que Felipe IV trocou durante os últimos vinte da sua vida com a religiosa e mística Madre Maria de Agreda.

 

 

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia (Lisboa) da Universidade Católica Portuguesa (1983), mestre em Filosofia em Portugal pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa ("A Meditação do Tempo no Pensamento de José Marinho", 1990), doutorou-se em Filosofia na Universidade dos Açores ("A Doutrina do Nada: O Pensamento Meontológico de José Marinho", 1999). Iniciou a sua carreira académica na Universidade do Açores, sendo actualmente docente da Universidade de Évora. Os seus interesses, no âmbito da Ontologia, da Epistemologia e da Filosofia da Ciência, estão centrados nos problemas da Verdade e do Tempo, mas alargam-se à consideração das experiências subjectivas nas Artes, no Teatro, na Paisagem e na Arquitectura. Organizador do espólio do filósofo José Marinho (1904-75), depositado na Biblioteca Nacional de Portugal, foi o responsável pela primeira fase da edição das "Obras de José Marinho", que possibilitou a publicação, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, de onze volumes. Prepara actualmente a segunda fase, na qual está prevista a publicação de doze volumes.

 

 

Comissão Organizadora

Adelino Cardoso  (CHAM)
Teresa Lousa  (CHAM)


 

Organização

CHAM / NOVA FCSH