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Tratados de Arte em Portugal

   

 

 

CódigoPTDC/EAT-EAT/100496/2008

Início   .   2008

Duração   .   48 meses
Investigadora Principal   .    Rafael Moreira (CHAM)

 

 

Instituições

Entidade Financiadora

Fundação para a Ciência e a Tecnologia
 

 

Unidade de Investigação

CHAM - Centro de Humanidades

 

 

Instituição Coordenadora

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / Universidade Nova de Lisboa

 

Parcerias

Faculdade de Belas-Artes / Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências e Tecnologia / Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Letras / Universidade de Lisboa

  

«Tratados de Arte em Portugal» é um projecto de investigação sediado no CHAM, que promove a colaboração institucional entre as três maiores faculdades de Lisboa interessadas na História da Arte - a NOVA FCSH, a Faculdade de Letras e a Faculdade de Belas Artes -, e criado para desenvolver e aprofundar meios e qualificações num tema académico axial, considerado desde 1980 da maior importância internacional.

 

Para além do pensamento intelectual e dos textos de Francisco de Holanda, os tratados de Arte em Portugal têm sido estudados de modo disperso e individual. Trata-se de uma reconhecida omissão na historiografia da arte portuguesa. Alguns tratados portugueses foram estudados em monografias. Dois manuscritos cruciais sobre Arquitectura (1576-1579) foram descobertos e estudados por Rafael Moreira; outro de Escultura sobre a estátua equestre de Machado de Castro, foi editado por França; e a biblioteca deste escultor foi estudada por Ana Duarte Rodrigues. Foi publicado um tratado de Cirillo, que de facto não é um tratado, mas uma mistura de notas pessoais, como provou Luísa Arruda. Rafael Moreira revelou um tratado de urbanismo muito importante e pioneiro, chamado “Tratado da Ruação” (um neologismo de “rua”) do arquitecto do Porto, José de Figueiredo Seixas (1763). Um número razoável de manuscritos e tratados impressos de Música são conhecidos, mas sem haver qualquer estudo aprofundado sobre os mesmos, com algumas excepções, como os de Mateus de Aranda (1533) e de D. João IV (1656) recentemente estudados por Ferreira. Recentemente, um tratado de Caligrafia foi descoberto por Serrão, sendo agora também objecto de estudo.

 

Quase todos os investigadores que já estudaram e escreveram sobre tratados em Portugal colaboram neste projecto. A equipa é composta por dez Doutores e uma bolseira de investigação. Assim, contamos com especialistas de todas as áreas artísticas: Rafael Moreira e José Fernandes Pereira são reconhecidos especialistas numa série de temas relacionados com a tratadística e a literatura artística; Professores universitários, como Vítor Serrão, Luísa Arruda, Manuel Pedro Ferreira e Justino Maciel são, nas suas áreas de estudo, reconhecidos internacionalmente. Ana Duarte Rodrigues dedica a sua investigação aos tratados sobre jardins. Os investigadores Manuel Pedro Ferreira, Bernadette Nelson e João Pedro Alvarenga, são os responsáveis pelos estudos de musicologia, uma forte componente neste projecto. Justino Maciel, um especialista em Arte Antiga é o autor da primeira tradução directa do Latim para o Português de Vitrúvio, e um membro essencial para analisar o impacto dos textos Antigos na Idade Moderna. Luís Urbano Afonso desempenhará o mesmo papel para textos medievais. Ana Duarte Rodrigues, que estudou livros ilustrados e tratados sobre Iconografia no Warburg Institute, fará a ligação com os nossos consultores, Charles Hope e Elizabeth McGrath do Warburg Institute, University of London, a nossa principal fonte para questões metodológicas.

 

 

Objectivos

Os Estudos gerais sobre tratados portugueses são poucos e breves, limitando-se a algumas entradas de dicionários, faltando uma abordagem teórica e linha sistemática de estudo. Este projecto pretende promover uma nova maneira de abordar o estudo da tratadística, reunindo numa base de dados todas as existências de tratados conservados nas bibliotecas e arquivos portugueses, e sistematizando documentos para facilitar o seu futuro estudo. Queremos ter uma base sólida para responder a algumas questões importantes, como:


. Qual era o nível de erudição artístico em cada período histórico?

. Quais os títulos e edições mais usados em Portugal durante a Idade Moderna?

. Como devemos classificar Portugal quanto à circulação de informação artística a nível internacional?

. Qual era a cultura artística prevalente, e qual era a relação entre as várias áreas de estudo consideradas neste projecto?

 

As questões enunciadas são essenciais para uma verdadeira compreensão do meio cultural, do nível de internacionalização da cultura artística num dado momento e região, as suas principais linhas, fontes e temas favoritos.



Como um projecto de investigação de vanguarda, pretendemos criar uma base de dados, constantemente em expansão para os historiadores do futuro, que irá encorajar a interacção entre os investigadores e evitará a duplicação de esforços. Para além deste objectivo-chave, pretendemos igualmente divulgar os tratados Portugueses via Internet, aprofundar o trabalho nos nossos arquivos e envolver estudantes e jovens investigadores neste campo de estudos.

 

 

Equipa
 

 

 

Rafael Moreira    .    Coordenador

Ana Duarte Rodrigues (CHAM)

Ana Glória (IHA / NOVA FCSH)

Bernadette Nelson (CESEM / NOVA FCSH)

Charles Hope (The Warburg Institute)

Elizabeth McGrath (The Warburg Institute)

Inês Felício (IHA / NOVA FCSH)

João Pedro Alvarenga (CESEM / NOVA FCSH)

José Fernandes Pereira (FBA / UL)

Justino Maciel (IHA / NOVA FCSH)

Luís Urbano Afonso (FLUL)

Luísa Arruda (FBA / UL)

Manuel Pedro Ferreira (CESEM / NOVA FCSH)

Nuno Correia (FCT / NOVA)

Pedro Albuquerque Santos (ESTS / IPS)

Rui Neves Madeira (ESTS / IPS)

Vítor Serrão (ARTIS / FLUL)

Zulmira Ceita (ESTS / IPS)