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Projecto Integrado de Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta

 

 

 

Início   .   2009
Duração   .   72 meses
Investigadores Principal   .   José António Bettencourt (CHAM)

 

 

Instituições
 

Unidade de Investigação

CHAM — Centro de Humanidades
 

Entidades Financiadoras

Administração dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental, SA

Secretaria Regional da Educação e Cultura / Governo dos Açores

Somague

 

 

A reorganização da frente marítima da Horta, na ilha do Faial (Açores), promovida pelo Governo dos Açores, inclui a modificação de uma área submersa de 170 000 m², através da construção de um cais com 320 m de comprimento e a dragagem de uma bacia de manobra. Este projeto, que teve início em junho de 2009, foi precedido por um estudo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), que resultou na definição de várias medidas de mitigação a serem implementadas antes e durante as obras de construção – o levantamento, escavação e remoção de materiais arqueológicos descobertos anteriormente e a monitorização das obras de dragagem.

 

Objectivos

A primeira fase deste estudo, desenvolvida em 2008, incluiu trabalhos de prospecção arqueológica visual e com detector de metais de toda a área de implantação do terminal de passageiros em construção na baía da Horta, a norte do porto actual. Identificaram-se diversos vestígios, entre os quais se destacaram vários canhões, uma presa de marfim e artefactos em chumbo, dispersos por uma vasta área. Numa segunda fase, entre Abril de 2009 e Julho de 2010, a intervenção incluiu a sondagem, a escavação e a remoção dos vestígios, permitindo identificar o sítio Baía da Horta 1 (BH-001), um naufrágio disperso por uma vasta área entre os 8 e os 11m de profundidade. Em BH-001 foram localizados materiais relacionados com a carga, o funcionamento e o quotidiano a bordo do navio, nomeadamente - peças de artilharia em ferro, armas de fogo, cerâmicas, vidros e objectos metálicos ou em madeira e sobretudo uma extraordinária colecção de presas de elefante. O estudo deste espólio sugere que está relacionado com um navio mercante de inícios do século XVIII, eventualmente de nacionalidade inglesa, que operava no Atlântico.

O CHAM acompanhou igualmente os trabalhos de dragagem realizados no quadro da empreitada, durante os quais foram localizadas.

Estão ainda previstos trabalhos de monitorização dos materiais removidos da área de implantação do projecto.

 

Equipa
 

 

 

José António Bettencourt    .    Coordenador