O projecto CASAS DE CITAS: LUGARES DE ENCUENTRO DE LA ARQUITECTURA, LA LITERATURA Y OTRAS ARTES VECINAS / CASAS DE CITAS: LUGARES DE ENCONTRO DA ARQUITECTURA, A LITERATURA E OUTRAS ARTES VIZINHAS promove, mediante a celebração de cursos e jornadas científico-culturais onde se articula o âmbito universitário com outros campos afins, a confluência da arquitectura e da literatura entre si e com outras disciplinas criativas. Em CASAS DE CITAS analisam-se, sob perspectivas heterogéneas e a partir das experiências dos participantes, algumas das relações mais intensas e profícuas entre disciplinas fronteiriças, tendo em conta o que é destacado no título: a ideia de «casa» como arquitectura e a do conceito de «cita»/ citação e encontro como literatura.
CASAS DE CITAS propõe reunir docentes, investigadores, autores, criadores, críticos, escritores, músicos, fotógrafos, argumentistas, arquitectos, cenógrafos, artistas, curadores, etc., que, nas suas obras, se ocupam da interdisciplinaridade da arquitectura (como espaço, lugar, território, paisagem, recinto, etc.) e da literatura, considerando-as numa forma mais ampla e numa diversidade mais extensa.
Do projecto realizaram-se três edições internacionais em três sedes universitárias diferentes: em 2016 na Universidad Internacional de Andalucía (Sevilha); em 2017 na Universidad de Granada e em 2019 na Università Ca’ Foscari (Veneza).
https://edizionicafoscari.unive.it/libri/978-88-6969-283-3/
https://edizionicafoscari.unive.it/en/edizioni4/libri/978-88-6969-433-2/
Esta quarta edição de CASAS DE CITAS intitula-se: ARQUITECTURAS VERBALES Y OTRAS ANTIgRAFÍAS / ARQUITECTURAS VERBAIS E OUTRAS ANTIgRAFIAS . Por arquitecturas verbais entende-se todas aquelas estruturas (linguísticas, paisagísticas, urbanísticas, edificatórias, cinematográficas, teatrais, plásticas, sonoras, fotográficas, etc.) nas quais se relacionam a literatura e a arquitectura entre elas e com outras artes vizinhas e outras disciplinas afins.
A «antigrafia» remete para aquele termo utilizado por Francisco d’Oolanda (Lisboa, 1517-1584) nos seus Diálogos de Roma (1548) onde se juntavam o escrever e o desenhar: quando alguns consideravam que era única a acção de traçar signos significativos. «Antigraphia» é a palavra que, aprendida por el “arquitectopintorescritor” de Demóstenes, de algum modo reivindicava a conjunção e a colaboração das diversas disciplinas criativas e o que de entremesclado teriam o desejo de conhecimento e a necessidade da comunicação, a ideação, a análise e a expressão. Também falará Francisco de Holanda da «antigraphia» no capítulo XLIV do seu tratado De Todos os Géneros e Modos do Pintar (1571), e também José Saramago no seu Manual de Pintura e Caligrafía (1977), pelo que CASAS DE CITAS IV em Lisboa o recupera portuguesmente («peregrinamente peregrina», que diria septentrionalmente Cervantes) para reivindicar a reconciliação dos saberes e as artes e das suas formas e aparências e, em palavras do lisboeta, para buscar o «verbo comum para ambas as ciências».
Este curso foi programado com a colaboração e a co-direcção da Profesora Maria Fernanda de Abreu e dos Professores Enric Bou e José Joaquín Parra, e terá lugar nos dias 24 e 25 de Outubro de 2022 na sede do Instituto Cervantes de Lisboa e no Colégio Almada Negreiros da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do Seminário de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos do CHAM e a colaboração do Dipartimento di Studi Linguistici e Culturali Comparati da Università Ca’ Foscari e do Departamento de Expresión Gráfica Arquitectónica da Escuela Técnica Superior de Arquitectura da Universidad de Sevilla.
Comissão Organizadora
José Joaquín Parra Bañón (Universidad de Sevilla)
Maria Fernanda de Abreu (CHAM / NOVA FCSH)
Enric Bou Maqueda (Università Ca’ Foscari di Venezia)
Organização
CHAM / NOVA FCSH
Instituto Cervantes de Lisboa
Dipartimento di Studi Linguistici e Culturali Comparati da Università Ca’ Foscari
Departamento de Expresión Gráfica Arquitectónica da Escuela Técnica Superior de Arquitectura da Universidad de Sevilla.
