Pensar na literatura da Antiguidade é pensar numa escrita masculina, mesmo que possa representar situações e sentimentos femininos. No entanto, isso não impede que encontremos algumas escritoras, como sucede na Grécia. Na poesia destacam-se duas figuras, que viveram em diferentes épocas: Safo e Ânite. A primeira – a mais conhecida – natural de Lesbos, viveu no século VI a. C. Apelidada por Platão de “décima Musa”, escreveu uma grande quantidade de poemas líricos, dos quais apenas nos chegaram sobretudo fragmentos. Dela se sabe que dirigia um tíaso, cujo objectivo seria preparar as jovens para o casamento.
Já de Ânite de Tégea se sabe menos. Tendo vivido pelo século III a. C., o pouco que dela se conhece são alguns epigramas na Antologia Grega. As suas temáticas variam entre descrições da natureza, poemas campestres e poemas fúnebres ou de carácter religioso.
Partindo dos poemas que nos chegaram, procuraremos mostrar como estas duas mulheres, que viveram separadas pelo tempo em sociedades distintas, imprimiram à sua poesia delicadeza e sensibilidade, permitindo-nos ter uma imagem, por pequena que seja, da mulher grega.
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