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Interdisciplinary Conference23.02.2017 a 26.02.2017
Garden Tourism in Portugal and around the World
São Miguel Island, Açores, Portugal

 

O turismo de jardins tem sido alvo de uma enorme e crescente procura à escala global. Refira-se que em 2000 mais de 150 milhões de pessoas visitaram jardins públicos em todo o mundo (W. Jackson and L. Sutherland, 2000); nos EUA o número de viajantes que se deslocam a jardins supera já os visitantes da Disneyland e Dysneyworld (R. Benfield, 2013); na Grã-Bretanha os jardins históricos encontram-se entre as suas principais atrações (cerca de 20 milhões de visitantes foram registados nos jardins com entradas pagas pertencentes ao National Trust entre março de 2013 e fev. 2014 (The Annual Report, 2013/14) e em França um dos monumentos que bate recordes em número de visitantes é o Chateau e jardins de Villandry, com cerca de 350 000 visitantes por ano (Gardens and Tourism, 2012). O fenómeno liga-se: à apetência pela convivialidade, o lazer e o recreio ativo ao ar livre; o carinho especial e curiosidade votados às plantas e à jardinagem; à possibilidade de experiências sensoriais de convivência com a natureza associadas a práticas sustentáveis; à relação da biodiversidade com a riqueza cultural e histórica; à procura de eventos especiais como os grandes festivais de plantas e de arquitetura paisagista. 

 

Também em Portugal o Garden Tourism evidencia grande dinamismo, tanto a nível académico como do negócio da gestão cultural e turística. A criação da Associação Portuguesa de Jardins Históricos (2003) contribuiu fortemente para o estudo, conservação, valorização e divulgação dos jardins históricos. Hoje, operam no mercado diversas empresas de animação turística em Touring Cultural e Paisagístico. A “Parques de Sintra” representa um caso de sucesso: em 2015 é esperado um aumento de 20% de visitantes face ao ano anterior (https://www.parquesdesintra.pt). Na Madeira, registaram-se 583 583 visitas pagas a apenas três jardins – Jardim Botânico, Jardim Tropical Monte Palace e Quinta do Palheiro Ferreiro – garantindo um rendimento de cerca de 3,5 milhões de euros em 2008 (R. Quintal, 2011). 

 

No que toca aos Açores, não há estudos globais nem dados estatísticos que permitam uma avaliação da importância deste nicho de mercado. No entanto, a afirmação internacional dos jardins dos Açores tem recebido sinais altamente positivos. Em 2014 o Parque Terra Nostra foi escolhido entre os 270 melhores jardins do mundo (Gardener´s Garden, Phaidon) e em 2013 distinguido como Garden of Excellence (ICS). A realização de 5 encontros internacionais de Camélias Antigas e a organização de diversos tours temáticos são prova da potencialidade do Destino. 

 

Neste contexto, o coloquio pretende explorar o lugar e o papel dos jardins históricos no âmbito do turismo cultural, acolhendo um programa que se centra na pesquisa científica e exploração de ferramentas de comunicação e mediação, com vista a melhorar a experiencia de visitação aos jardins; de igual modo, pretende-se reflectir acerca das perspectivas mais atuais no que toca à intervenção pública na protecção, conservação e valorização do património paisagista, bem como do papel que cabe aos proprietários e cuidadores desses espaços.

 

 

 COMPONENTES DO EVENTO

 

• Assinatura do Protocolo entre o Observatório de Turismo dos Açores (OTA) e o Institut Européen de Jardins et des Paysages (IEJ&P)

• Keynote speaker

• Sessões plenárias com apresentações, e debate com especialistas, investigadores e profissionais do ramo do turismo de jardins

• Visitas guiadas aos jardins: José do Canto, Sant´Ana e António Borges, em Ponta Delgada; Terra Nostra e Mata-Jardim José do Canto, nas Furnas; plantações de Chá no Porto Formoso

• Visita à exposição de Camélias (Casino das Furnas)

• Work cafe com os membros da equipa do projeto Green Gardens – Azores (Quinta do Bom Despacho)

 

PARTICIPAÇÃO

A participação no Colóquio é livre e encontra-se aberta a todos os interessados. No entanto, haverá custos associados à inscrição para as visitas guiadas, almoços dos dias 24 e 25 e jantar de encerramento.

A participação, mesmo gratuita, exigirá o preenchimento de um formulário de inscrição que será divulgado on line através do sitio: https://www.otacores.com/greenga/.

15 de Janeiro de 2017 — registo provisório

15 de Fevereiro de 2017 — registo definitivo

 

CONTACTOS

Para qualquer questão por favor contactem:

 

 

Este evento enquadra-se no âmbito do projeto «Green Gardens - Azores» (ACORES-01-0145FEDER-000070) financiado pelo FEDER em 85% e por fundos regionais em 15%, através da Programa Operacional Açores 2020.

 

 

Comissão Organizadora

Isabel Albergaria (Universidade dos Açores, Portugal)

Andreína Rebelo (Observatório de Turismo dos Açores, Portugal)

Carlos Santos (Observatório de Turismo dos Açores, Portugal)

Duarte Nuno Chaves (Centro de Historia d´Aquém e d´Além Mar (CHAM), Universidade dos Açores, Portugal)


 

Comissão Científica

Isabel Albergaria (Universidade dos Açores, Portugal)

Carlos Santos (Universidade dos Açores, Portugal)

Cristina Castel-Branco (Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa)

Raimundo Quintal (Centro de Estudos Geográficos – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa, Portugal)

Eduarda Paz (Centro de Ecologia Funcional, Universidade de Coimbra)

 


 

Organização

CHAM / NOVA FCSH
OTA


Participação

BENSAUDE HOTELS
Jardim José do Canto
Quinta do Bom Despacho

 

 

 

Mais informações | For more information (.pdf)
Cartaz | Poster (.pdf)
Programa | Programme (.pdf)