Paulo Freire e a Revolução portuguesa
O pedagogo e pensador brasileiro Paulo Freire foi convidado a visitar Portugal pela primeira vez em 1971, mas o visto de entrada foi recusado, passando a ter inclusive um dossier na polícia política portuguesa, que inclui documentos enviados pela ditadura brasileira. Em Outubro de 1974, chega finalmente a Portugal, participando em actividades em Lisboa e Coimbra. Débora Dias, investigadora do CHAM, conversa sobre a circulação da sua obra em Portugal Continental e nos Açores durante a ditadura, a aplicação do seu método de alfabetização em várias regiões do país e a sua relação com a luta anticolonial em África, em particular com o angolano MPLA. Débora Dias fala ainda da aplicação em Portugal das suas práticas pedagógicas e da actualidade do pensamento de Freire.
Débora Dias é investigadora integrada do CHAM, colaboradora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra (UC). Doutorada em História Contemporânea e mestre em História Social, investiga as relações culturais entre Brasil e Portugal no século XX, história editorial, história social da leitura e história dos intelectuais e das instituições.
A série «50 Anos do 25 de Abril» é uma parceria do CHAM - Centro de Humanidades (NOVA FCSH—UAc), do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade e da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.
A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.
Coordenação
Isabel Araújo Branco (CHAM)
Organização
CHAM / NOVA FCSH
Parcerias
Museu do Aljube – Resistência e Liberdade
Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.