Comunidades italianas em Portugal do século XVI ao século XXI
A construção da lisboeta Igreja de Nossa Senhora do Loreto, no início do século XVI, marca o início da presença em Portugal da chamada «nação» italiana. Esta juntava pessoas de várias cidades-Estado e repúblicas da Península Itálica. Como explica a Nunziatella Alessandrini, a comunidade italiana era muito diversificada, mas a sua fixação relaciona-se com os privilégios régios outorgados a mercadores «italianos» (e de outras nacionalidades). Estes mercadores vinham principalmente para comerciar no âmbito da expansão no Atlântico e no Oriente. Durante a monarquia dual, os maiores contratos comerciais estavam nas mãos de genoveses, recorda a historiadora, que traça ainda um paralelo com o século XXI.
Nunziatella Alessandrini é investigadora integrada do CHAM. Com mestrado e doutoramento em História Moderna (Uni. Aberta), dedica-se às relações artísticas, comerciais, económicas e políticas entre Portugal e Itália, em particular nos séculos XVI e XVII, mas também às comunidades estrangeiras e fluxos migratórios, miscigenação e grupos sociais. Coordena desde 2011, os ciclos de conferências «Relações Luso-Italianas na Época Medieval e Moderna», numa colaboração do CHAM, Istituto Italiano di Cultura di Lisbona e outras instituições.
A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.
Coordenação
Isabel Araújo Branco (CHAM)
Organização
CHAM / NOVA FCSH