A literatura portuguesa, o mundo e a abertura ao «outro»
«A literatura tem um papel muito importante no combate aos estereótipos, um papel cada vez mais importante num mundo manipulado por uma enorme superficialidade, com a expulsão do “outro”, de tudo o que é diferente», afirma Dora Gago, investigadora do CHAM-Centro de Humanidades e autora de várias obras de ficção. Numa conversa a partir da literatura portuguesa e dos estudos comparatistas, Dora Gago fala sobre a imagem do estrangeiro, os estereótipos e a literatura de exílio e das migrações, salientando o humanismo e a abertura a outras culturas (em particular as do Oriente) de autores como Maria Ondina Braga, Camilo Pessanha, Ferreira de Castro, Jorge de Sena, José Rodrigues Miguéis, Agustina Bessa Luís, Fernanda Dias e Rodrigo Leal de Carvalho.
Dora Gago é investigadora integrada do CHAM e Professora Associada da Universidade de Macau (China). Doutorada em Línguas e Literaturas Românicas Comparadas (NOVA FCSH), foi Leitora do Instituto Camões no Uruguai, investigadora de pós-doutoramento na Uni. Aveiro e «visiting post-doc. Scholar» na Uni. Massachusetts Amherst (EUA). É autora de Uma Cartografia do Olhar: Exílios, Imagens do Estrangeiro e Intertextualidades na Literatura Portuguesa (finalista dos Prémios de Ensaio do Pen Club 2021) e Imagens do Estrangeiro no Diário de Miguel Torga. Como ficcionista, recebeu vários prémios, o último em Julho de 2024: Palavras Nómadas venceu o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga.
A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.
Coordenação
Isabel Araújo Branco (CHAM)
Organização
CHAM / NOVA FCSH