Este seminário interdisciplinar reúne contributos de quatro investigadores que se dedicam ao estudo do Neoliberalismo, entendido aqui como uma corrente intelectual formada em meados do século XX e cujo triunfo se revelaria determinante para a reconfiguração da economia política à escala global. Ao cruzar a análise de contextos nacionais diferentes, o seu propósito é sublinhar a natureza transnacional do Neoliberalismo, bem como a sua plasticidade face aos contextos e situações específicas em que foi chamado a intervir.
Bruno Zorek (Curitiba, Brasil, 1981) é doutor em História pela Universidade de Campinas (Unicamp, Brasil), com uma dissertação sobre as disputas em torno do futuro da cidade de São Paulo protagonizadas por intelectuais, urbanistas, políticos e articuladores culturais em meados do século XX. Actualmente, é bolseiro de pós-doutoramento no IHC, vinculado ao grupo de investigação Economia e Sociedade e à linha temática Histórias Conectadas. Pesquisa neste momento os modelos explicativos da economia colonial brasileira a partir de uma perspectiva historiográfica, pensando as condições de produção desses modelos em relação com as políticas económicas e o pensamento económico contemporâneos.
João Rodrigues é Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador do Centro de Estudos Sociais. A sua investigação tem-se debruçado sobre temas de economia política, da história do neoliberalismo à financeirização do capitalismo em Portugal, sendo autor, entre outras publicações, de O neoliberalismo não é um slogan – uma história de ideias poderosas (Lisboa: Tinta da China, 2022).
Manuel Gárate Chateau é Doutor em História e Civilizações pela EHESS de Paris, Mestre em Ciência Política pela Universidade do Chile e Professor de História e Ciências Sociais da P. Universidade Católica do Chile. Atualmente é académico do Instituto de História da Universidade Católica do Chile e suas pesquisas têm-se concentrado na implementação do modelo liberal chileno durante a ditadura militar (1975-1990), na formação universitária de economistas nas universidades chilenas e na imagem de Augusto Pinochet na caricatura da imprensa francesa, inglesa e americana. O seu livro mais conhecido é La Revolución Capitalista de Chile 1973-2003 (Santiago: Ediciones Universidad Alberto Hurtado, 2012).
Ricardo Noronha é Doutorado em História pela Universidade NOVA de Lisboa e investigador do Instituto de História Contemporânea (NOVA FCSH). Entre os seus tópicos de investigação encontra-se a conflituosidade social, o pensamento crítico e as transformações da economia política durante a segunda metade do Século XX. É autor de «A banca ao serviço do povo». Política e Economia durante o PREC (1974-75) e co-coordenador de Greves e Conflitos Sociais em Portugal no século XX.
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