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Ships and War: Dutch and Iberian War Fleets in the Dutch-Iberian Global Conflict (1600-1669)
 

 

 

Código   .   2021.02332.CEECIND
Início   .   2022
Duração   .   72 meses
Investigador Principal   .   André Murteira (CHAM)

 

Instituições

Entidade(s) Financiadora(s)

. Fundação para a Ciência e a Tecnologia
 

Unidade de Investigação Principal

. CHAM — Centro de Humanidades
 

Instituição Coordenadora

. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / Universidade Nova de Lisboa
 

 

 
 

Por que conseguiram os neerlandeses ter superioridade naval sobre os seus adversários ibéricos na guerra global que os opôs no século XVII? Eis a  questão principal abordada por este projecto. Portugal e as suas possessões ultramarinas foram parte do império global da Monarquia Hispânica entre 1580 e 1640. O princípio da expansão neerlandesa no fim do século XVI trouxe consigo uma extensão da guerra hispano-neerlandesa na Europa (1568-1648) ao globo inteiro, sobretudo depois das fundações das companhias das Índias Orientais e Ocidentais em 1602 e 1621. No caso de Espanha, a guerra durou até 1648 e, no de Portugal, até 1669, apesar da sua independência de Espanha em 1640. Este conflito global teve uma componente naval essencial. O foco da investigação incidirá na construção naval e no lado logístico - a produção de navios e o seu transporte até aos teatros de operações ultramarinos. A hipótese principal que o projecto se propõe testar é que um abastecimento superior de navios deu aos neerlandeses uma vantagem essencial.

 

Objectivos

O influente historiador naval Jan Glete argumentou que a comparativamente pequena República Neerlandesa logrou derrotar a poderosa Monarquia Hispânica porque foi mais eficiente a mobilizar recursos para a guerra naval. A sua tese é a última de uma série de tentativas de responder a uma questão que permanece vital na área da história moderna em geral: por que razão os norte-europeus (ingleses e neerlandeses) substituíram os ibéricos (portugueses e espanhóis) como os principais poderes navais e coloniais europeus no século XVII? No entanto, não foi ainda satisfatoriamente validada (ou refutada) por informação quantitativa, uma lacuna que este projecto visa colmatar. Quantos navios de guerra conseguiu cada lado lançar ao mar e quantos deles alcançaram os teatros concretos de operações fora da Europa? O grosso deste projecto será dedicado à tarefa de traçar a evolução quantitativa das frotas portuguesa, espanhola e neerlandesa na Ásia e no Atlântico.

 

 

 

Membros
 

 

 
André Murteira
Coordenador   .   Investigador Integrado