Código .
Início . 2023
Duração . 72 meses
Investigadora Principal . Maria João Castro (CHAM)
Instituições
Entidade(s) Financiadora(s)
. Fundação para a Ciência e a TecnologiaUnidade de Investigação Principal
CHAM — Centro de HumanidadesInstituição Coordenadora
. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / Universidade Nova de LisboaTravelconT - “Cruzamentos da Viagem Contemporânea no Turismo Pós-Colonial” propõe criar uma perspetiva integrada e de relação sobre a importância da viagem turística de matriz pós-colonial na sociedade contemporânea. O seu objetivo é o de mapear e de refletir sobre trânsitos turísticos na ótica do turismo de memória e do património colonial à luz dos estudos pós-coloniais inserindo-os num discurso crítico cuja relevância assenta numa investigação/abordagem metodológica de vocação multidisciplinar, valorização transfronteiriça e ênfase pluricontinental. Sendo o turismo uma indústria impactante na economia mundial, ele constitui um fenómeno global e transversal a uma genealogia partilhada e que foi a dos impérios coloniais. Esta raiz comum tem vindo a orientar trânsitos turísticos em dois sentidos: do ex-colono para a antiga colónia e do ex-colonizado para a pretérita sede imperial num fluxo de caráter ambivalente e influências recíprocas.
Objectivos
Balizado entre o fim dos impérios europeus (final da 1ª metade do século XX) e a reconfiguração do mundo global (1º quartel do século XXI) TravelconT pretende responder a uma questão fundamental de pesquisa que é: Qual a dinâmica da viagem turística de raiz colonial no mundo atual? Ou, mais especificamente: de que modo se articula e cristaliza a viagem turística quer de antigos colonos aos territórios outrora integrados nos seus impérios quer de ex-colonizados à antiga pátria do império colonial que os dominou? Será esta mobilidade uma espécie de neo-imperialismo/colonialismo ou uma atividade de lazer de cariz cultural? Dito de outro modo: o turismo de âmbito pós-colonial é uma prática predatória ou um desafio capaz de alavancar sociedades mais inclusivas e resilientes? São estas as questões a que TravelconT vai responder se bem que o imenso universo da problemática o obrigue a circunscrever-se ao mundo de herança portuguesa ainda que abrangendo uma contextualização capaz de ser replicada e extrapolada para outras realidades pós-coloniais ocidentais.
Maria João Castro . Coordenadora