Início . 2013
Duração . 24 meses
Investigadores Principais . André Teixeira (CHAM) . Abdelatif El Boudjay (DRCTT)
Instituições
Entidade(s) Financiadora(s)
Centre National pour la Recherche Scientifique et Technique
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Unidade de Investigação Principal
CHAM — Centro de HumanidadesApoios
Direcção Geral do Património Cultural
Ksar Seghir, na costa sul do Estreito de Gibraltar, é a única das antigas possessões portuguesas em Marrocos que chegou aos nossos dias como um sítio arqueológico, preservando igualmente um importante estrato medieval islâmico. O projecto procura aprofundar o conhecimento sobre este sítio, centrados no estudo dos contactos e confrontos entre comunidades islâmicas e cristãs do mediterrâneo ocidental nos finais da Idade Média e inícios da época moderna, sobretudo através de investigação arqueológica.so-assíria.
Objectivos
Este projecto centra o seu campo de investigação no sítio arqueológico de Ksar Seghir (Alcácer Ceguer), na costa meridional do Estreito de Gibraltar, um local estratégico ao longo da história como espaço de ligação entre o Mediterrâneo e o Atlântico e entre a Europa e África. Pretende-se dar um enfoque especial ao período de ocupação portuguesa, entre 1458 e 1550, destacando a sua relevância enquanto experiência inicial de expansão ibérica além-mar, num tempo charneira entre a Idade Média e a época moderna. A grande riqueza do sítio centra-se também na possibilidade de estudo dos contactos e confrontos civilizacionais e culturais entre comunidades islâmicas e cristãs do ocidente mediterrânico, pelo que se procurará aprofundar o conhecimento da época de domínio muçulmano da cidade. Considera-se fundamental que a compreensão do sítio assente numa leitura do seu território, na sua vasta diacronia de povoamento humano.
O projecto visa dar um contributo para o estudo destas problemáticas através de investigação no domínio da arqueologia, embora em estrita articulação com a história e a história da arte, entre outros saberes. Pretende-se reavaliar e retomar os dados dos trabalhos de campo já realizados no sítio, nomeadamente os da missão marroco-americana dos anos 1970-80, realizando pontualmente novas intervenções de terreno. Dá-se, assim, corpo a um protocolo firmado entre as instituições marroquina e portuguesa signatárias deste projecto.
André Bargão (CHAM)
Gonçalo Correia Lopes (CHAM)
Joana Bento Torres (CHAM)
Luís Serrão Gil (CHAM)
Mostafa Azouga
Tarik Moujoud